sábado, 24 de outubro de 2009

COMO ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA?

No processo de ensino- aprendizagem na disciplina de matemática são inúmeras e conhecidos as dificuldades encontrado por alunos e professores.Por um lado, o aluno não consegue entender e superar as dificuldades da matemática que a escola lhe ensina,muitas vezes é reprovado,ou então quando aprovado,sentem dificuldades em utilizar o conhecimento “adquirido” na série seguinte. O professor, por outro lado,perceptivo de que muitas vezes não consegue obter bons resultados juntos a seus alunos procurar novos elementos de como refazer suas metodologias pedagógicas muitas vezes, meros recursos de como ensinar determinados conteúdos que acredita,possam melhorar o conhecimento dos alunos .E ainda há aqueles professores,que nem sempre tem certeza das razões fundamentais pelos quais os materiais como jogos ou recursos tecnológicos podem serem utilizados como fortes ferramentas para o ensino- aprendizagem da matemática ,onde são necessário,e em que momento devem ser usados. Freqüentemente ouvimos lamentos dos professores em relação as condições da escola,a falta de recursos pedagógicos,falta de formação, acompanhamento técnico pedagógico, elevado número de alunos,alunos portadores de necessidade educacionais especiais (descalculia, deslalia,dislexia,auditivo,mental e outros), falta de acompanhamento familiar, desmotivação nas aulas que exigem cálculos matemático,por na maioria das vezes serem aulas mecânicas e metodologia repetitivas,a indisciplina dos alunos e o uso indevido de celulares, mp3,e outros objetos que atrapalham as atividades. Diante dessas evidências, positivamente também encontramos professores, técnicos e gestores preocupados com indicadores baixo. O que fazer? Será que o material concreto ou jogos pedagógicos são realmente indispensável para que ocorra a aprendizagem da matemática? É bem provável que todos concordem e respondam sim. Mas alguns pensadores defendem, não é verdade. Um exemplo de uma posição divergente é colocada por Carralhe & schilemanm (1988).
Com base em suas pesquisas, “que não precisamos de objetos na sala de aula ,mas de situação em que a resolução de uma problema implique a utilização dos princípios lógicos- matemáticos a serem ensinados”(p.179). Isto porque o material “apesar de ser formado por objetivos pode ser considerado como um conjunto de objetos abstratos porque esses objetos existem apenas na escola, para a finalidade de ensino e não tem qualquer conexão com o mundo da criança”(p.180). Para este pesquisador, o concreto para criança não significa materiais manipulativos, mas as situações que a criança tem que enfrentar em sua vida cotidiana. Carrher &Schilimenn nos alerta em suas colocações; pois não podemos responder sim a questões sem antes fazermos uma reflexão mais profunda sobre o assunto. Decroly, no entanto, não põem nada na mão da criança, mais sugere como ponto de partida fenômenos naturais(como crescimento de uma planta ou a quantidade de chuva recolhida no determinado tempo, para por exemplo, introduzir medições e contagem. Já a educadora Maria Montessori defende a teoria de vários materiais manipulativos destinados a aprendizagem, com forte apelo a “percepção visual e tátil”.
Caostelnuovo(1970) denomina o método Decroly de “ativo-analitico” enquanto que o de Montessori de “ativo- sintético” segundo ele em ambos os métodos faltam uma certa coisa que conduza a criança à indução própria do matemático. Com base na teoria piagenteana que Caostelnuovo aponta para outra direção: “a idéia fundamental da ação é que ela seja reflexiva..., que o interesse da criança não seja atraído pelo objeto material em si mas pelas operações sobre o objeto. Assim interpreta Caostelnuovo, o concreto deve ter uma dupla finalidade: “exercitar as faculdades sintéticas e analíticas da criança”.
Para contrapor com essas teorias existe outras corrente psicológicas: O Behaviorismo, que também apresenta sua concepção de material(jogo pedagógico) segundo Skinner (1904), a aprendizagem é uma mudança de comportamento que ocorre como resposta a estímulos externos controlados por meio de reforço. A matemática muitas vezes é vista como um conjunto de técnicas, regras, fórmulas e algarítimos que os alunos tem de dominar para resolver os problemas que o mundo tecnológico apresenta.
Esta diversidade de concepções a cerca dos materiais e jogos apontam para a necessidade de ampliar nossa reflexa. Pois devemos refletir sobre a nossa proposta política-pedagógica sobre o papel histórico da escola, sobre o tipo de aluno que queremos formar, sobre qual matemático acreditarmos ser importante para esse aluno. Não podemos subjugar nossas metodologias de ensino a algum tipo de material porque ele é atraente ou lúdico. Nenhum material é válido por si só. Eles devem ser empregados em segundo plano pois a simples introdução de jogos não garante uma melhor aprendizagem.
Ao aluno deve ser dado o direito de aprender, não um aprender mecânico e repetitivo, mas sim, a discussão e resolução de uma situação problema ligada ao contexto do aluno. Ou ainda, a discussão e utilização de um raciocínio mais abstrato.
Nos últimos anos a educação vem passando por constantes mudanças. As discussões são bem variadas em relação ao processo ensino-aprendizagem. Portanto os problemas ainda existem e esperamos que os governantes tenham um olhar diferente voltados para educação, dando melhores condições de trabalho, formação, remuneração para que professores e alunos possam se sentirem motivados. E que as famílias e professores estejam mais preparados para juntos venceram as dificuldades aqui apontadas.

Esse trabalho trata-se de um trabalho acadêmico do curso de PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL. da FAK de Pindoretama-Ce desemvolvido pela pedagoga ANA PAULA aluno do curso, sob a orientação do professor ANTONIO EDSON MARTINS DE OLIVEIRA.

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