sexta-feira, 8 de março de 2013

Ações do Brasil Sem Miséria proporcionam autonomia às mulheres

Agricultoras goianas comemoram melhoria de vida e conquista da emancipação feminina. Iniciativas do governo valorizam as mulheres como parceiras fundamentais para o combate à extrema pobreza
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Ana Nascimento/MDS
Foto de agricultoras participantes da Amec. Clique na Imagem para Ampliar
Mulheres da Amec comemoram vida melhor com apoio do PAA

Foto da agricultora Edite do Carmo. Clique na Imagem para Ampliar
Edite do Carmo comprou um sofá novo com o dinheiro que ganhou no PAA

Foto da presidente da Amec, Evanilde da Costa. Clique na Imagem para Ampliar
Evanilde da Costa: "As mulheres conseguiram a sua independência, melhoraram a autoestima"
Brasília, 8 – O sofá novo foi comprado com o dinheiro da venda das hortaliças e não teve consulta ao marido. “Juntei [o dinheiro] das verduras que colhi na roça... Fico orgulhosa de ter o dinheirinho”, comemora Edite Lopes do Carmo, 56 anos, agricultora familiar na Comunidade Indaiá II, área rural a 50 km de Luziânia (GO). O móvel, além de beneficiar toda a família, representa a conquista da autonomia da mulher no campo.

A agricultora familiar, que estudou até a 2ª série do ensino fundamental, faz parte da Associação de Mulheres Exercendo a Cidadania (Amec) que vende a produção excedente de alimentos frescos ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

A Amec é uma das organizações beneficiadas pela resolução do Grupo Gestor do PAA, de 2011, que destina 5%, no mínimo, do orçamento anual do programa às organizações compostas por pelo menos 30 ou 40% de mulheres conforme a modalidade de compra. Todos os associados são mulheres, 110 no total, que plantam alimentos e produzem artesanato, queijos, doces e biscoitos.

“As mulheres conseguiram a sua independência, melhoraram a autoestima e algumas trouxeram os maridos [de volta] para a produção da agricultura familiar”, diz Evanilde da Costa Meireles Paula, presidente da Amec. Ela explica que a maioria dos homens deixa suas terras para trabalhar em outros serviços.

Mas, as conquistas femininas não são vitórias apenas no campo. Do outro lado, na cidade de Planaltina (GO), a dona de casa Eliete Teixeira da Cruz, 28 anos, divorciada, mãe de dois meninos, conta com o apoio da família e com a proteção social garantida por lei pela União, estados e municípios.

Um dos filhos estuda numa escola pública à tarde e o outro passa a manhã numa creche conveniada com a prefeitura, uma das ações do Brasil Carinhoso. Enquanto procura emprego, ela corre atrás do crédito do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do Ministério da Educação, para cursar pedagogia à noite.

As dificuldades não diminuem seus sonhos nem a vontade de crescer. Há três meses sem trabalho, retornou ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras), em fevereiro, e conseguiu o benefício do Bolsa Família de volta. Ela é uma das beneficiadas pelo desligamento voluntário e retorno imediato ao programa desde que o Plano Brasil Sem Miséria foi implantado. “Eu estava trabalhando e pedi para dar baixa”, explica.

O dinheiro do benefício volta a ser recebido neste mês de março e já tem destino certo: para as despesas da casa e para a conta de energia elétrica. A preferência da titularidade do Bolsa Família é das mulheres. Hoje, quase 93% dos cartões de pagamento estão no nome delas. “Se põe na mão da mulher é melhor porque ela pensa mais na família, tem mais responsabilidade com os filhos e com a alimentação”, conclui Eliete.

Ações para as mulheres – O Plano Brasil Sem Miséria tem diversas ações em seus eixos de atuação que beneficiam diretamente as mulheres. “A gente sabe que as mulheres sofrem discriminação, que têm dupla jornada e que é muito mais intenso o sofrimento das mulheres que vivem em extrema pobreza. Pensando nisso, o Brasil Sem Miséria tem uma série de iniciativas dentro dos programas que o compõem para lidar com a questão feminina”, destaca a diretora de Relações Institucionais do MDS, Patrícia Vieira da Costa.

Com o último anúncio da presidenta Dilma Rousseff, em fevereiro, todos os integrantes das famílias do Bolsa Família superarão a renda mínima de R$ 70 por mês. O benefício foi ampliado para que, independente da composição familiar, todos alcancem a renda mínima para sair da condição de miséria. Nos últimos dois anos, o Brasil Sem Miséria tirou 22 milhões de pessoas da situação de extrema pobreza.

Por meio da ação Brasil Carinhoso, que envolve iniciativas voltadas à primeira infância, 381,5 mil crianças do Bolsa Família foram beneficiadas em 22,8 mil creches que já recebem mais recursos do MDS para a manutenção delas. Na área da Saúde, mais de 1,4 milhão de crianças receberam suplementação de sulfato ferroso e quase 3 milhões receberam megadoses de Vitamina A.

Nos cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), 66% dos alunos são mulheres, inclusive, sendo capacitadas em cursos considerados do universo masculino, como os da construção civil. Mais de 70% dos empreendedores do microcrédito produtivo orientado são mulheres. E o programa Mulheres Mil, do MEC, já capacitou e elevou a escolaridade a 21 mil pessoas até o final do ano passado.

No campo, o MDA incentiva que 30% das atividades de assistência técnica sejam executada por mulheres e ainda que 30% dos beneficiários sejam as agricultoras. As mulheres são as responsáveis por receber o fomento a fundo perdido de R$ 2,4 mil, do Plano Brasil Sem Miséria, para a compra de insumos, equipamentos e pagamento da mão de obra. E elas também são as responsáveis por receber o Bolsa Verde, que repassa, por meio do cartão do Bolsa Família, R$ 300 trimestrais para atividades de conservação ambiental e desenvolvimento sustentável.

Cristiane Hidaka
Ascom/MDS
(61) 2030-1021

www.mds.gov.br/saladeimprensa

fonte: mds

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