PUBLICIDADE

Um programa de alfabetização instituído no Ceará provocou um salto na compreensão de textos entre estudantes e deve ser levado para outras partes do país.

Em três anos, o Paic (Programa Alfabetização na Idade Certa) elevou o nível de leitura e compreensão de texto dos 140 mil alunos de até sete anos na rede pública.

De intermediária, passaram a ter uma compreensão considerada adequada dos textos.

Dados da Secretaria da Educação mostram que, em 2005, só 15% dos alunos saíam do 2º ano do ensino fundamental alfabetizados. Atualmente, são 56%.

O projeto foi criado em 2007. Desde então, 162 das 184 cidades tiveram média satisfatória em alfabetização.

A experiência pode se tornar nacional, segundo o Ministério da Educação. Não há prazo para a expansão.

Motivação

O programa é estruturado em cinco eixos de ação, que incluem materiais didáticos, formação de professores e gestão escolar. A alfabetização é estimulada desde a pré-escola. Na há repetência do primeiro para o segundo ano.

Outro pilar é a avaliação externa dos alunos. O Estado atrelou parte do repasse do ICMS aos municípios a resultados na alfabetização infantil. Esses indicadores são obtidos com provas feitas duas vezes ao ano --uma pelo Estado, outra pelo município.

Na cidade de Morrinhos (207 km de Fortaleza), há 30 escolas de ensino fundamental e todas carecem de infraestrutura, segundo Maria Vera Vasconcelos, secretária municipal de Educação.

Ainda assim, a cidade está entre as que apresentaram os melhores resultados no Paic. De acordo com a secretária, isso foi obtido com a atenção no trabalho dos professores.

Em 2008, 50 entre 411 crianças de Morrinhos saíam do segundo ano do ensino fundamental alfabetizadas. Hoje, são 376 que conseguem ler e escrever nesta fase.

FONTE FOLHA.COM