Em meio à crise econômica internacional e à turbulência política no Norte da África e no Oriente Médio, movimentos sociais realizam a partir de domingo em Dacar, no Senegal, a 11a edição do Fórum Social Mundial (FSM). Com o tema “As Crises do Sistema e das Civilizações”, o evento volta a discutir a ideia de “um outro mundo possível” e traz como estrela um brasileiro: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, símbolo de uma América Latina voltada à esquerda.
Além dos chefes de Estados africanos esperados, as personalidades mais aguardadas na Universidade Cheikh Anta Diop, centro dos eventos, são Lula, o músico e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil e líderes políticos como Hugo Chávez, presidente da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia, e duas presidenciáveis do Partido Socialista (PS) da França, Martine Aubry e Ségolène Royal.
O governo brasileiro será representado pelo secretário-geral da presidência, Gilberto Carvalho, que chefiará a delegação e terá a companhia da ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e da ministra de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Luiza Helena de Bairros. Em sua primeira viagem ao exterior desde que deixou a presidência, Lula não integrará a comitiva oficial, mas será acompanhado do ex-secretário-geral da presidência, Luiz Dulci, e terá status privilegiado no evento - no qual foi ovacionado no ano passado.
Amanhã, Lula deve discursar à multidão aguardada no campos da universidade. Em 2010, quando de sua última participação no FSM, em Porto Alegre, Lula prometeu que estaria presente em Dacar na posição “de uma pessoa com o mesmo compromisso e talvez com mais capacidade para anunciar ao País as coisas que têm de ser feitas daqui para a frente”.
Na edição 2011, três temas são preponderantes: “A situação mundial e a crise”, “A situação dos movimentos sociais e dos cidadãos” e “Os processos dos fóruns sociais mundiais”. O objetivo, como sempre, está claro nos materiais de divulgação do evento: buscar um “outro mundo possível e diferente deste, regulado pela globalização e pelo neoliberalismo desenfreado”.
Como
ENTENDA A NOTÍCIAOs organizadores do 11º Fórum Social Mundial, o segundo a ser realizado na África, estão com dificuldades financeiras para viabilizar o evento. O orçamento foi estimado em 2,74 milhões de euros. Cerca de 48% deste orçamento está disponível.
FONTE: O POVO
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